sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Queria falar alguma coisa. 
Qualquer coisa que pudesse aliviar essa dor. 
Queria descobrir qualquer palavra que me ajude a encontrar algum sentido. 
Mas me mantenho calada. 
Nos momentos mais importantes sempre me faltaram palavras. 
Um silêncio profundo me envolveu e junto com ele um vazio. 
Um vazio tão profundo que parece um buraco negro no meu peito. 
Que suga tudo. 
O silêncio me conforta e me faz dormir em sono profundo. 
Tudo em mim dorme. 
Durmo sem sonhos ou pesadelos. 
Tenho medo de acordar e me deparar com a dor que ainda está lá. 
A dor que me veste o corpo e maquia a minha face. 
Não há comparação que explique minha alma em carne viva. 
Meu melhor amigo tem sido o tempo, que tenta me convencer de que algumas coisas vão passar. 
Mas tem coisas, que até ele concorda, que marcam a carne e a alma e que nem mesmo ele, o tempo, pode mudar.

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