Levantou de madrugada, antes do sol nascer, como de costume.
A dor que sentia no corpo não lhe permitia ficar muito tempo deitado.
E dor que sentia na alma não lhe permitia descansar, nem mesmo dormindo.
Pegou a caixa de fogos que comprou no dia anterior. Levou para o meio da rua e soltou os fogos, sem se importar se acordaria alguém.
Só queria comemorar ali na rua vazia e no silêncio da sua maluquez.
Para os outros era mais uma loucura daquele homem.
Mas o que ninguém sabia era que era mais um dia incomum.
Era o aniversário do homem louco mais solitário.
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