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Foto tirada o blog: polianafreitas.blogspot.com.br |
Havia uma menina sentada no banco em frente ao rio.
Ela estava sozinha.
Pensei que talvez estivesse esperando por alguém.
Mas não dava sinais de ansiedade, não olhava para trás e nem para o celular.
Não sei quanto tempo estava lá, mas parecia não se importar com a horas.
Não sei quanto tempo estava lá, mas parecia não se importar com a horas.
Ela tinha olhos profundos como o rio.
Talvez ela estivesse concentrada nas lembranças afundadas.
Talvez ela soubesse que o rio leva e nunca trás de volta as mesmas águas.
Talvez ela estivesse concentrada nas lembranças afundadas.
Talvez ela soubesse que o rio leva e nunca trás de volta as mesmas águas.
Ela parecia não se importar com os que passavam, e eles se importavam muito menos.
Passei horas ali, observando. Fiquei ansiosa em saber se alguém viria. Mas ninguém apareceu. Talvez ela já soubesse disso. Talvez por isso não tivesse pressa.
Preferiu a solidão do rio para se abrigar.
Tive vontade de correr até ela e lhe dar um abraço.
Quem sabe era o que ela esperava de alguém.
Talvez ela soubesse que o encanto do rio é a saudade das águas que nunca voltam.
Deixei a menina ali, na beira do rio, mas ela nunca me deixou.
“Parecia que era minha aquela solidão”.
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